Cinema em Foco: A sétima arte em debate.
Meu primeiro post aqui: Bem vindo, é um prazer estar com vocês, aye.
Código Da Vinci

Tautou e Hanks
Oi. O filme Código Da Vinci me parece ter agradado bastante a dois grupos: os fanáticos pelas teorias que dão a Igreja Católica o (merecido) papel de vilã, e os leitores da obra (assumidamente fictícia) de Dan Brown. Não sou nenhum, embora levemente me aproxime do primeiro por considerar de péssima fé a exclusão de ensinamentos de Cristo sob a visão de seguidores de seus mais próximos (Os Apócrifos e, recentemente, os Manuscritos de Nag Hammadi), e ainda assim não me agradou muito a versão para o cinema dirigida por Ron Howard.
A idéia de manter a fidelidade máxima à obra, contando o máximo possível, é bastante ousada, mas tende a falhar, como sempre, quando se converte trocentas páginas em duas horas e cinqüenta: as coisas acontecem rápido demais para aqueles que leram o livro (segundo terceiros, quartos, de quintos a vigésimos) e mais ainda para quem não leu. Ainda assim, houve um bom trabalho no roteiro de Akiva Goldsman por manter-se fiel ao original. Impressão de tudo jogado, que dura até a metade do filme. Uma mudança do foco salva essa segunda parte: as atenções se voltam para o carismático Sir Leigh Teabing, interpretado por Sir Ian McKellen, atuação essa que vale o preço de seu ingresso e mais outras dezenas deles.
Somada à boa participação do ator britânico está o bom trabalho do francês Jean Reno como capitão de polícia Bezu Fache. Alfred Molina (Bispo Aringarosa) e Tom Hanks (Robert Langdon) não brilham, e isso desaponta pelo talento de ambos. Audrey Tautou timidamente encarna Sophie Neveu, mas não compromete. Silas é uma personagem legal, mas Paul Bettany ficou devendo, só um pouquinho: ele forçou demais.
A trilha sonora é louvável. Noutros detalhes técnicos, o filme está bem. Boa maquiagem, figurino, fotografia; As localidades exibidas são de imensa valia para a qualidade da obra e a emoção dos fãs, e as charadas propostas por Brown mais a direção de Howard, que já venceu, mas a muitos ainda não convenceu, prendem a atenção dos espectadores durante o filme inteiro.
Não é um filme ruim, mas está longe de ser bom, contentando-se com o médio, o que diminui a obra literária. Tampouco merece as vaias e gargalhadas, ou os aplausos mudos de quem aplaudiria mesmo se visse de ponta cabeça. Vá assistir com baixa expectativa, então valerá a pena. Se considerar que é O Filme do Ano, vai se decepcionar, a menos que seja um fã assíduo (Eu pensei que era o filme do ano, porra... pode falar palavrão aqui?!).
Enfim, Dan Brown não é profeta, Ron Howard muito menos e Audrey Tautou não é a descendente legítima de Jesus. Mas a verdade está lá fora e vem surgindo, principalmente agora que algumas hipóteses nos levam a crer que Judas não era traidor, e, se você o malhou alguma vez, pode não ir pro céu. As hipóteses propostas por Brown têm documentos que as fundamentam, o que distancia a versão sustentada pela igreja ainda mais do real, permitindo a todos em crer no que decidirem, tornando tudo verdadeiro em uma grande bagunça.
A propósito, se o livro for igual o filme (lerei em breve), tem seu final por demais previsível. Tchau.
Código Da Vinci
Nota: 7.0 (5.0, + 2.0 pontinhos pela atuação de Sir Ian McKellen, fantástico)
Direção: Ron Howard (7.5)
Roteiro: Akiva Goldsman (8.0), Dan Brown (10 pela obra)
Estrelando: Tom Hanks (7.0), Audrey Tautou (6.0) e Ian McKellen (10).
Código Da Vinci

Tautou e Hanks
Oi. O filme Código Da Vinci me parece ter agradado bastante a dois grupos: os fanáticos pelas teorias que dão a Igreja Católica o (merecido) papel de vilã, e os leitores da obra (assumidamente fictícia) de Dan Brown. Não sou nenhum, embora levemente me aproxime do primeiro por considerar de péssima fé a exclusão de ensinamentos de Cristo sob a visão de seguidores de seus mais próximos (Os Apócrifos e, recentemente, os Manuscritos de Nag Hammadi), e ainda assim não me agradou muito a versão para o cinema dirigida por Ron Howard.
A idéia de manter a fidelidade máxima à obra, contando o máximo possível, é bastante ousada, mas tende a falhar, como sempre, quando se converte trocentas páginas em duas horas e cinqüenta: as coisas acontecem rápido demais para aqueles que leram o livro (segundo terceiros, quartos, de quintos a vigésimos) e mais ainda para quem não leu. Ainda assim, houve um bom trabalho no roteiro de Akiva Goldsman por manter-se fiel ao original. Impressão de tudo jogado, que dura até a metade do filme. Uma mudança do foco salva essa segunda parte: as atenções se voltam para o carismático Sir Leigh Teabing, interpretado por Sir Ian McKellen, atuação essa que vale o preço de seu ingresso e mais outras dezenas deles.
Somada à boa participação do ator britânico está o bom trabalho do francês Jean Reno como capitão de polícia Bezu Fache. Alfred Molina (Bispo Aringarosa) e Tom Hanks (Robert Langdon) não brilham, e isso desaponta pelo talento de ambos. Audrey Tautou timidamente encarna Sophie Neveu, mas não compromete. Silas é uma personagem legal, mas Paul Bettany ficou devendo, só um pouquinho: ele forçou demais.
A trilha sonora é louvável. Noutros detalhes técnicos, o filme está bem. Boa maquiagem, figurino, fotografia; As localidades exibidas são de imensa valia para a qualidade da obra e a emoção dos fãs, e as charadas propostas por Brown mais a direção de Howard, que já venceu, mas a muitos ainda não convenceu, prendem a atenção dos espectadores durante o filme inteiro.
Não é um filme ruim, mas está longe de ser bom, contentando-se com o médio, o que diminui a obra literária. Tampouco merece as vaias e gargalhadas, ou os aplausos mudos de quem aplaudiria mesmo se visse de ponta cabeça. Vá assistir com baixa expectativa, então valerá a pena. Se considerar que é O Filme do Ano, vai se decepcionar, a menos que seja um fã assíduo (Eu pensei que era o filme do ano, porra... pode falar palavrão aqui?!).
Enfim, Dan Brown não é profeta, Ron Howard muito menos e Audrey Tautou não é a descendente legítima de Jesus. Mas a verdade está lá fora e vem surgindo, principalmente agora que algumas hipóteses nos levam a crer que Judas não era traidor, e, se você o malhou alguma vez, pode não ir pro céu. As hipóteses propostas por Brown têm documentos que as fundamentam, o que distancia a versão sustentada pela igreja ainda mais do real, permitindo a todos em crer no que decidirem, tornando tudo verdadeiro em uma grande bagunça.
A propósito, se o livro for igual o filme (lerei em breve), tem seu final por demais previsível. Tchau.
Código Da Vinci
Nota: 7.0 (5.0, + 2.0 pontinhos pela atuação de Sir Ian McKellen, fantástico)
Direção: Ron Howard (7.5)
Roteiro: Akiva Goldsman (8.0), Dan Brown (10 pela obra)
Estrelando: Tom Hanks (7.0), Audrey Tautou (6.0) e Ian McKellen (10).


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